ACIU - Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama
SPC Brasil COB-Online NF-e

ATEN

Empresários são convidados para lutar contra a dengue

Secretaria de Saúde pede união de patrões e empregados em mutirão


A Secretaria de Saúde de Umuarama reuniu lideranças de diversos segmentos da sociedade organizada e de outras secretarias municipais para definir estratégias de combate ao mosquito da dengue, antes que o alto índice de infestação apontado pelo primeiro levantamento do ano – de 6,3% – dê origem a casos da doença que possam originar um surto ou até uma epidemia, como já ocorreu em anos anteriores.

A reunião foi aberta pela secretária da Saúde, Cecília Cividini, e contou com a presença do prefeito Celso Pozzobom, que pediu o envolvimento de todos na eliminação dos focos de reprodução do mosquito, encontrados nas residências. Quase 60% das larvas encontradas estavam no estágio de 24 a 96 horas de vida – a partir de 144 horas (6 dias) o mosquito atinge a forma adulta e começa a voar, podendo transmitir a doença.

O chefe da Vigilância Ambiental, Rafael Silvério, informou que 83% das larvas encontradas no Levantamento de Índice Rápido para Infestação por Aedes aegypti (Liraa) realizado em janeiro estavam dentro de quintais com moradias, em recipientes expostos às chuvas, como tonéis de água, baldes e tambores – para aproveitamento da água da chuva –, lixo reciclável mal acondicionado, pratinhos e vasos de plantas, pneus, bebedouros de animais, lonas, piscinas e utensílios domésticos desprotegidos.

Umuarama viveu uma situação de epidemia de dengue em 2016, com 660 casos confirmados, e após muitos esforços a situação foi controlada nos anos seguintes. O médico clínico geral Celso José Gomes explicou que, proporcionalmente, mais de 50% dos umuaramenses já contraíram dengue em algum momento da vida. “O problema maior é a reincidência da doença. A partir do segundo contágio, o risco de desenvolver a forma hemorrágica – e mais grave – de dengue vai aumentando. Por isso, temos de concentrar todos os esforços possíveis”, defendeu.

A secretária Cecília Dividini destacou que Umuarama recebe um fluxo muito grande de caminhoneiros, representantes comerciais e visitantes de outras regiões. “Por enquanto temos possibilidade de grande infestação de mosquito, mas com o fluxo de moradores de outras regiões em nossa cidade, em breve poderemos ter contato com pessoas contaminadas e a situação poderá fugir do controle. Temos de combater o mosquito com todas as forças e eliminarmos todos os focos de reprodução em nossas casas. Por isso estamos mobilizando a sociedade, organizando nosso pessoal e buscando apoio dos mais diversos segmentos”, apontou.

O prefeito Celso Pozzobom lembrou os resultados do Programa Bairro Saudável, que retirou mais de 160 toneladas de entulhos, móveis velhos e eletroeletrônicos em todas as regiões da cidade, “e ainda assim tivemos esse alto índice de infestação agora em janeiro”, disse. O programa seria retomado na segunda quinzena de fevereiro, mas após este alerta as ações foram antecipadas para o próximo dia 31 e devem começar pelos bairros com maior índice de infestação.

Além da coleta de resíduos e entulho nesses bairros, a Vigilância Ambiental fará um amplo trabalho de fiscalização e orientação aos moradores. Representantes do Sebrae, Sistema Fiep, Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama (Aciu), 12ª Regional de Saúde, Tiro de Guerra, secretarias municipais de Educação, Assistência Social, Serviços Públicos, associações de moradores, Igreja Adventista e o Comitê Municipal de Combate à Dengue se comprometeram a realizar ações junto aos seus públicos, para divulgar a importância de enfrentar o mosquito antes que a proliferação se converta em casos da doença.

AÇÕES IMEDIATAS

Entre as iniciativas definidas na reunião, a Prefeitura buscará o apoio da imprensa para expandir a divulgação do alerta e conscientizar a população. Nos próximos dias o tema será levado aos professores, na Semana Pedagógica, e depois aos alunos nas escolas da rede municipal; a Aciu reunirá os seus associados para abordar o problema; o Sebrae fará divulgação com micro e pequenos empresários; o Sistema Fiep levará o assunto nas visitas às indústrias e também na volta às aulas dos alunos da Escola Sesi e cursos do Senai; os agentes de combate a endemias (ACEs) da Vigilância em Saúde farão visitas mais constantes nos bairros com grande incidência do mosquito; a Secretaria de Saúde vai conscientizar empresários com grande número de funcionários, providenciará alertas e orientações por carro de som e deve massificar a divulgação por meio das redes sociais, entre outras ações imediatas.