A apresentação dos números da pandemia de coronavírus, durante reunião do Centro de Operações de Enfrentamento à Covid-19 (COE), nesta quinta-feira (3), ocasionou uma repercussão 'desproporcional', na avaliação do presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciu).
O COE informou que o maior grupo de infectados em Umuarama tem de 20 a 59 anos e que colaboradores do comércio e profissionais de saúde correspondem aos segmentos com mais resultados positivos.
"Temos, de um lado, o pessoal da linha de frente e de outro o segmento que mais emprega, com mais de nove mil colaboradores. É estatisticamente plausível. Manchetes que enfatizam que o comércio concentra o maior número de positivados, entretanto, têm reverberado incansavelmente, principalmente em grupos de WhatsApp, com um efeito extremamente negativo para o comércio como um todo, dadas as distorções interpretativas", avalia o presidente da entidade, Orlando Luiz Santos.
Lojistas receberam, inclusive, áudios de moradores de cidades da região recomendando não comprar no comércio umuaramense por hora a fim de evitar um 'risco desnecessário'.
"A situação é absurda. A Aciu está empenhada em desmistificar isso, reforçando o compromisso de nossos associados com a responsabilidade posta em prática no tocante aos protocolos, algo que já foi, inclusive, amplamente elogiado pelo próprio COE", ressalta.
"Os colaboradores com sintomas são prontamente orientados sobre como proceder corretamente. Temos visitado e constatado diariamente que os estabelecimentos adotam sim as melhores práticas e são ambientes seguros", complementa Santos.