Se o Dia dos Pais do ano passado foi o pior em mais de uma década, o de 2021 correspondeu às expectativas, segundo balanço preliminar da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A estimativa é que o volume de vendas supere R$ 6 bilhões, com alta de 13,9%.
Um levantamento entre filiados da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciu) aponta que as vendas foram sim satisfatórias. O Dia dos Pais é a quarta data comemorativa mais importante para o comércio varejista.
"O resultado foi excelente e os horários especiais fizeram diferença", avalia a coordenadora de vendas da loja Audithorium, Jenifer Figueiredo. Segundo ela, camisas polo e calças encabeçam a lista de produtos mais procurados para presentear os papais.
"As vendas foram muito boas, até além da nossa meta", comenta Sidneia Maciel, da Regina Calçados. Sapatênis e sapatos sociais foram os itens mais procurados para presentear.
"É quase unânime entre os associados que consultamos que a adoção dos horários especiais na antevéspera (as lojas atenderam na sexta, 6, até 22h) e no tradicional Sabadão acabou sendo um componente fundamental para o êxito das vendagens", ressalta o presidente da Aciu, Orlando Luiz Santos.
Na mesma época do ano passado, quando o varejo ainda experimentava o início do processo de flexibilização das medidas restritivas voltadas ao combate à primeira onda da pandemia do novo coronavírus, as vendas caíram 11,3% em todo o País e geraram o menor volume financeiro (R$ 5,30 bilhões) desde 2007, que foi de R$ 4,98 bilhões.
Segundo o economista Marcel Solimeo, em 2021, as perspectivas de vendas favoráveis foram traduzidas em realidade impulsionadas pela recuperação da confiança do consumidor em julho e pela flexibilização dos horários de atendimento.