O Paraná registrou redução de 7,33% no número de dívidas em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. O número segue caindo pelo 14º mês consecutivo. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (12) pela Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Paraná (Faciap), por meio da Base Centralizadora Faciap de Proteção ao Crédito (BCF), conveniada ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
A queda mais expressiva foi no setor de água e luz, em que a quantidade de pendências diminuiu 37,83%. De acordo com o vice-presidente da Faciap, Claudenir Machado, o devedor privilegia o pagamento das contas básicas para evitar cortes de serviço. Porém, é preciso atenção, já que, de todas as dívidas registradas no Paraná, 44,70% são devidas a bancos. “Os empréstimos bancários são os que possuem juros mais altos. As dívidas para este setor podem se tornar uma bola de neve”, afirma Claudenir Machado.
Na variação anual, também houve queda no Paraná em junho nas dívidas em atraso do comércio (- 9,35%); no setor de comunicação (- 8,32%); e no setor bancário (- 3,25%).
Na participação total de dívidas, água e luz correspondem a 3,09%; comércio, a 24,56%; comunicação a 17,81%; bancos a 44,07%; e 9,83% pertencem a outros segmentos.
Perfil dos devedores paranaenses
Dos paranaenses que estão inadimplentes, 26,55% têm entre 30 e 39 anos. É a faixa etária com o maior número de devedores. De acordo com o vice-presidente da Faciap, Claudenir Machado, é nesta fase que os consumidores estão com mais pendências financeiras. “Entre 30 e 39 anos, as pessoas estão constituindo família, comprando apartamento, carro novo, colocando os filhos na escola”, diz ele. E com mais responsabilidades financeiras, há maior chance de possuir mais pendências em atraso.
Em seguida, vêm os consumidores entre 40 e 49 anos (21,19%); os que têm entre 50 e 64 anos (19,16%); os com idade entre 25 e 29 anos (13,29%); os que têm entre 65 e 84 anos (7,90%); e os consumidores entre 18 e 24 anos (6,37%).
O número total de devedores no Paraná registrou queda de 4,40% em junho na comparação com o mesmo mês do ano passado. O resultado foi melhor do que o nacional (- 0,83%).