ACIU - Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama
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Texto apócrifo

Empresariado não deve endossar carta que afronta gestores e decretos

Confrontação acaba sendo a alternativa mais danosa, pondera o presidente da Aciu, Orlando Santos


Empresários de Umuarama decidiram não assinar uma ‘carta aberta’ que  circula pelas redes sociais nos maiores municípios de cada estado da federação. O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agrícola (Aciu), Orlando Santos, ficou sabendo da carta através de comerciantes associados. Ele os orientou a não assinar, pois trata-se de um tipo de ‘tratado de desobediência’.

“Esta carta aberta foi enviada para empresários de todos os grandes municípios do Paraná, mas foi lançada em Ribeirão Preto/SP e chegou até aqui, em nossa cidade”, comenta o presidente.

A mensagem é destinada ao governador Ratinho Jr, ao prefeito Celso Pozzobom, aos vereadores do município, aos integrantes do Centro de Operações de Enfrentamento à Covid-19 (COE – Municipal) e à população de Umuarama.

Os comerciantes que eventualmente assinarem a carta, estarão informando que a partir do dia 15 de março de 2021, não aceitarão e não seguirão qualquer decreto que impeça qualquer pessoa de exercer seu Direito Constitucional de Livre Iniciativa, conforme o Art. 1º, IV, CF e Art. 170, CF).

O texto reitera que qualquer novo decreto que impeça o trabalho irá comprometer outro Direito Constitucional, que é o da Dignidade da Pessoa Humana, presente no Art. 1º, III, da Constituição Federal.

Apócrifo

Apesar de não ser gráfico, o material é considerado apócrifo, pois o texto que circula nas redes sociais não apresenta autoria e aparenta ter sido confeccionado na clandestinidade, com erros gramaticais e apresentando nomes dos destinatários com erros claros.

Em seu teor, é justificado no texto que empresários, colaboradores, funcionários públicos, aposentados, entre outros, não devem ter a continuidade de suas atividades inviabilizadas, fator que irá gerar demissões em massa.

“Quem tem seus proventos sofrerá com enorme redução em virtude da inflação no preço dos produtos. Pedimos que o Sr. Prefeito, Vereadores e Comitê de Contingência esqueçam a política e adotem o tratamento precoce, transparência da vacinação e verbas, façam investimentos na área da saúde, aumento de leitos, insumos, estoque de medicamentos, EPIs, dentre outros que garantam atendimento médico a todos, bem como a fiscalização contínua de festas clandestinas, churrascos e aglomerações”, consta no texto.

De acordo com o presidente da Aciu, tal pedido é uma afronta aos decretos estadual e municipal que determinam a redução no atendimento do comércio e corroboram com o combate à disseminação da covid-19 no município.

“Tomar decisões desta maneira não é o caminho correto. Nossa intenção é manter o diálogo, a compreensão e o entendimento entre os empresários e a administração do município, para que as melhores decisões sejam tomadas neste período que é de extrema delicadeza para a saúde da população. Ferir os decretos, desta maneira, significa fechar portas e nós (Associação Comercial, Industrial e Agrícola), queremos é abrir as portas”, finaliza o presidente da Aciu.

(Tribuna Hoje)