ACIU - Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama
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CRIMINALIDADE

Empresários pedem ajuda da polícia para contenção de furtos

Forças policiais recebem representantes da Aciu em reunião sobre segurança pública


Preocupados com o aumento de furtos e assaltos a empresas da cidade, representantes da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama) foram até a Delegacia da Polícia Civil onde conversaram com o delegado chefe da 7ª Subdivisão Policial, Osnildo Carneiro Lemes, e com o comandante do 25º Batalhão da Polícia Militar, major Agnaldo Letrinta. Ambos apresentaram os resultados dos trabalhos realizados pelas forças policiais na contenção de crimes dessa natureza.

A identificação da autoria de furtos, segundo Lemes e Letrinta, é bem mais difícil que autoria de roubos. “Ao sofrer um assalto, a vítima tem contato direto com o autor e mesmo sob forte tensão e medo, ainda conseguem identificar alguma característica do assaltante, a cor da roupa, o rosto, o cabelo, o veículo utilizado na fuga, enfim, algum dado fica registrado na memória. No caso de furtos, o bandido entra, rouba e vai embora sem deixar rastros”, detalha.

A forma mais comum para identificação de furtos é a utilização de gravações em vídeos feitas por câmeras de segurança, definidas como fundamentais pelas autoridades policiais. “As filmagens são ferramentas facilitadoras do trabalho dos investigadores, por isso incentivamos os empresários investirem nesse e em outros sistemas de segurança. Vale destacar ainda que é preciso manter esse mecanismo em pleno funcionamento, pois infelizmente é bastante comum encontrarmos câmeras desligadas, sem sistema de gravação (apenas monitoramento) ou até desligadas”, informou o delegado.

Lemes lamenta as ações criminosas e comenta que, mesmo tendo aumentado nos últimos dias, ainda estão abaixo dos índices de outras cidades paranaenses. Com relação à resolução de casos, o delegado contou que em todos os assaltos realizados nos últimos 12 meses, os autores foram identificados. “Se o criminoso está preso ou não já não é um problema da polícia, pois quem determina isso é o Poder Judiciário, que manda soltar aqueles que entendem não ser perigosos ou culpados”, lamenta.

Superlotada, a Delegacia de Umuarama tem hoje 230 presos. E o efetivo da Polícia Civil é de 42 profissionais, sendo 10 escrivães e 25 investigadores, oito deles apenas plantonistas. “E com esse efetivo temos de atender a nove sedes de comarca (Altônia, Alto Piquiri, Cruzeiro do Oeste, Cidade Gaúcha, Iporã, Icaraíma, Pérola, Xambrê e Umuarama), que totalizam 26 municípios. A parceria com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal, em um trabalho ininterrupto 24 horas por dia, é fundamental para as respostas à população”, pontua o delegado.

 

Muita atenção

Além da utilização de sistemas de segurança – monitoramento, alarmes, vigilantes, etc –, representantes das forças policiais afirmam que as pessoas devem estar sempre atentas às movimentações ‘estranhas’ no dia a dia. “Observamos que muita gente fica fixa em seus celulares, com a cabeça baixa, distantes. Não indicamos jamais para que reajam às tentativas de assalto, pedimos apenas para prestarem atenção nos detalhes, algum dado que possa contribuir com as investigações. Por exemplo, outro dia houve um assalto à uma empresa e todas as três possíveis testemunhas estavam compenetradas em seus celulares e não foram capazes de informar dados sobre os assaltantes ou a moto utilizada”, relatou Milton Carlos Cinque, superintendente da Polícia Civil, que também participou da reunião.

Para Cinque, a questão da segurança deve ser colocada como prioridade pelos empresários. “Ao adotar posturas defensivas, a população contribui com o trabalho da polícia”, adverte. Também participaram do encontro os delegados Fernando Ernandes Martins e Valdir Balan, o investigador Nilson Lançoni e o segundo-tenente da PM Mikael Torres, além do presidente da Aciu, Orlando Luiz Santos, o presidente do Conselho de Desenvolvimento de Umuarama (CDU), José Celso Zolim, o advogado Arlindo Vieira, e os empresários Irene Dias Cardoso e Osmar José Corrêa.