Um grupo de mais de vinte empresários participou na manhã de ontem (8) de reunião que discutiu detalhes sobre a duplicação da rodovia PR-323, exatamente no trecho urbano da futura obra, compreendido entre o Parque de Exposições e o trevo de saída para Mariluz – totalizando quase quatro quilômetros. O encontro, realizado no auditório da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama) foi proposto pelo deputado estadual Fernando Scanavaca (PDT), que apresentou em primeira mão as plantas originais do projeto realizado pelo DER (Departamento de Estradas de Rodagem).
Depois de analisarem os documentos e discutirem entre si, os empresários apresentaram uma série de solicitações de alterações ao projeto. As principais dúvidas foram com relação à execução das vias marginais, como metragens e formas de acesso às empresas, além da eliminação de pontos de retornos existentes hoje na rodovia. “Nossa intenção foi justamente esta: propor o debate agora, antes do início da execução das obras, porque de nada vai adiantar reclamar depois que os trabalhos estiverem sendo realizados. Estamos agindo prudentemente e sendo precavidos”, resumiu o parlamentar.
O empresário Ivan Hirt, da Oficina 14, alertou que será necessário transferir a construção de uma passarela projetada para ficar em frente à Furlan Caminhões, no quilômetro 305, para que fique entre o final da rua Santa Helena (no Jardim Canadá) e a entrada dos bairros Beira Rio e São Cristóvão. “É mais lógico. Neste ponto há um fluxo enorme de trabalhadores e principalmente de estudantes que vêm daqueles bairros para estudar na Escola Estadual Jardim Canadá, por exemplo. Então essa alteração vai realmente trazer benefícios para a população”, comentou. A sugestão foi confirmada pelo empresário William Sergio Melo, do Posto 3 Cavalos.
Quem também sugeriu a alteração de local para construção de uma passarela foi o empresário José Adalto Alves Pereira, do Kithal Motel. “O projeto original apresentou a construção de passarela em frente ao quilômetro 309, onde praticamente não há empresas, então a lógica é ´empurrar´ essa passarela para que fique em frente à Umaflex, no quilômetro 311, onde o fluxo de funcionários e de pessoas em geral é infinitamente maior. No mais, só vamos aguardar mais informações sobre como a obra será realizada respeitando as metragens de preservação da faixa de domínio”, disse.
Milton Dalpozzo, da Victor Pneus, sugeriu a construção de vias marginais dos dois lados da pista naquele trecho, além de propor a construção de uma trincheira entre o Posto Gauchão e o trevo de saída para Mariluz. “Este obra [a trincheira] vai facilitar a vida de quem tem que circular por ali, caso contrário será preciso andar vários quilômetros para poder retornar. Esta opção de um retorno a mais deve ser considerada, caso contrário irá prejudicar e muito a vida de muitas pessoas”, observou.
A questão de falta de retorno também foi abordada pelo empresário Carlos Belli, da Paraguaçu Têxtil S/A. “Vamos precisar que a marginal fique do lado direito da rodovia, no sentido Umuarama-Guaíra. Além disso, é fundamental a construção de uma trincheira ou qualquer outra forma de acesso às empresas estabelecidas nessa vizinhança (quilômetros 310/313). Para se ter uma ideia, em tempos de safra, recebemos entre 180 e 200 carretas por dia, o que iria prejudicar demais o trânsito nesse trecho”, comentou. Um relatório com as reivindicações dos empresários foi enviado ao deputado Scanavaca.