A Holanda está em busca de empresas da área do agronegócio para investir no país. A tecnologia de ponta na área de alimentos e uma grande rede formada por institutos de pesquisa e universidades têm atraído empresas de todo o mundo para a realização de negócios nos últimos anos. O assunto foi apresentado durante o seminário “Inovação, Tributos e Agronegócios na Holanda”, realizado pela Federação das Indústrias do Paraná, por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN).
“Buscamos empresas que queiram se beneficiar das tecnologias existentes no país e que também queiram colaborar com o desenvolvimento de novas tecnologias”, afirmou o diretor executivo da Agência de Investimentos Estrangeiros da Holanda (NFIA), Egbert Hartsema. Sustentabilidade, saúde e nutrição e segurança alimentar são focos de atenção das tecnologias criadas no país. “Nossa tecnologia avançada e o valor agregado em nossos produtos fazem do país o segundo maior exportador de agronegócios do mundo. O Brasil ocupa a quinta posição”.
Um dos diferencias para conseguir estar entre os primeiros lugares no ranking de exportação em agronegócio é a rede de universidades e institutos de pesquisa que atuam juntos no desenvolvimento das tecnologias. “Cerca de 80% das universidades holandesas estão entre as mais avançadas do mundo, segundo estudo realizado em Shangai. Quem investir no país poderá ainda se beneficiar de equipamentos e laboratórios instalados por lá e essa é uma vantagem para pequenas e médias empresas”, disse Hartsema.
A Holanda cabe cerca de 205 vezes no Brasil e por ser um país com território limitado, sua economia é voltada para atender mercados externos. Considerado o terceiro país mais inovador do mundo, a Holanda investe há séculos na cultura do conhecimento e de ações inovadoras. “Temos uma história ligada à construção do conhecimento. Fomos explorar o mundo, tivemos que desenvolver tecnologias em navios e sermos muito inovadores desde o princípio. Isso está em nossa cultura. Já foram 20 Prêmios Nobel em áreas como ciência, física e economia”, acrescentou o conselheiro de Ciência, Tecnologia e Inovação do Consulado Geral dos Países Baixos em São Paulo, Theo Groothuizen.
Os benefícios fiscais também chamam a atenção e fazem com que as empresas invistam no país. Segundo o cônsul honorário dos Países Baixos em Curitiba, Robert de Ruijter, a taxa de tributação é de 25% sobre os lucros e nos primeiros 200 mil euros, a taxa é estabelecida em 20%. A“Innovation Box” é outro incentivo fiscal no país. Para fomentar a inovação, empresas que desenvolvem novas tecnologias pagam 5% de imposto sobre os lucros e não os 25%.
Os acordos bilaterais também são vantagens para os investidores. “Como o país é voltado para o comércio exterior, a Holanda possui muitos acordos que isentam as empresas de tributações”, relatou.
O seminário contou com o apoio do Consulado da Holanda em Curitiba e da Agência de Investimentos Estrangeiros da Holanda (NFIA).