Criada no dia 6 de agosto de 2012, a Região Metropolitana de Umuarama (RMU) integra 24 municípios com o objetivo de promover o desenvolvimento econômico e social. Os benefícios são garantidos pelos governos federal e estadual, como o aporte de recursos para habitação com limite superior aos concedidos às cidades comuns, redução no preço do transporte coletivo e das ligações telefônicas e a garantia de financiamento de obras públicas para melhoramento dessa região. Porém, para garantir que a RMU seja finalmente instalada, são necessários vários documentos oficiais, como o Plano de Desenvolvimento Urbano Integrado (PDUI), que nenhum dos municípios providenciou até agora. O prazo vence em janeiro de 2018.
A preocupação do presidente da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama), José Celso Zolim, é que a população perca esses benefícios, deixando de dar um grande passo para o real desenvolvimento dessa área. “Fui informado que o Ministério das Cidades havia dado um prazo de três anos para a regulamentação de todas as regiões metropolitanas brasileiras e, o pior, é que já decorreu mais de um ano dessa determinação. Ou seja, restam menos de dois anos para que os municípios providenciem toda a documentação exigida e como todo mundo sabe, o tempo passa voando”, comentou Zolim durante reunião realizada no auditório da entidade na noite da última quinta-feira (17). Apenas representantes das cidades de Umuarama, Cafezal do Sul, Pérola, Tapejara e Iporã marcaram presença.
O encontro, segundo Zolim, foi promovido para apresentar às lideranças desses 24 municípios a real situação da RMU, a fim de alertar, unir forças e cobrar dos administradores municipais a execução dos projetos necessários para garantir a permanência da RMU. “Para esta primeira reunião, convidamos representantes de clubes de serviço (Rotary e Lions), lojas maçônicas, OAB, principais sindicatos, associações comerciais e outras associações representativas. Vamos realizar um segundo encontro dentro de mais alguns dias, onde pretendemos convidar não só os atuais prefeitos como todos os pré-candidatos a prefeito para que eles fiquem a par dos trâmites pela instalação da RMU, comprometendo-se em garantir essa conquista do povo do Noroeste”, contou.
Alerta
Idealizador da RMU, o deputado estadual Fernando Scanavaca (PDT) participou do encontro e elogiou o presidente da Aciu, destacando que “a chance dessa conquista ir por água abaixo é muito real”. Ele contou como foi sua luta de anos até conseguir que o projeto passasse por todas as comissões de análise, a Assembleia aprovasse e o governador sancionasse a lei. “Não podemos deixar que uma grande vitória como essa se perca por descaso ou falta de determinação de alguns administradores”, desabafou, relatando que apenas o dinheiro do programa federal Minha Casa Minha Vida há um aumento de R$ 16 mil por imóvel pelo fato de fazer parte de uma região metropolitana.
Responsável por estudar e traçar uma linha de ação para a execução do projeto da RMU na Prefeitura de Umuarama, Sérgio Vercesi Filho apresentou dados importantes sobre as regiões metropolitanas, destacando vantagens e detalhando dados sobre os documentos necessários. “Para resumir, o mais importante de todos os documentos é o PDUI. Sem ele não podemos fazer nada. E como trata-se de um projeto integrado, ele precisa ser feito, lógico, com a participação de todos os 24 municípios que compõem a RMU. E precisamos também que o governador finalmente indique uma governança, que é a pessoa que vai administrar a RMU. Precisamos dar um primeiro passo e essa reunião, tenho certeza, veio em hora muito especial”, afirmou.
A Região Metropolitana de Umuarama é composta pelos municípios de Alto Paraíso, Alto Piquiri, Altônia, Brasilândia do Sul, Cafezal do Sul, Cidade Gaúcha, Cruzeiro do Oeste, Douradina, Esperança Nova, Francisco Alves, Ivaté, Icaraíma, Iporã, Maria Helena, Mariluz, Nova Olímpia, Pérola, Perobal, São Jorge do Patrocínio, Tapejara, Tapira, Tuneiras do Oeste, Xambrê e Umuarama.