ACIU - Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama
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Presidente da Aciu faz o balanço de um ano da atual diretoria - “Precisamos ser mais bairristas”


O empresário José Celso Zolim tem 48 anos, é proprietário da Construmil Materiais de Construção, casado com Elizabete e pai de três filhos: Junior, de 22 anos, Carlos Eduardo, de 19, e Mateus, de 11. Há exatamente um ano ele assumia pela segunda vez a presidência da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrí­cola de Umuarama), fundada em 1964 e uma das mais importantes e representativas instituições da cidade. Ele presidiu a entidade de 2006 a 2008, quando transmitiu o cargo para Elza Alves Botelho de Souza, do segmento de transporte coletivo, e assumiu novamente em 2010. Com exclusividade para a Tribuna Hoje ele faz um balanço - considerado positivo - de um ano da nova Diretoria, onde apresenta resultados e fala dos novos desafios da instituição

TRIBUNA HOJE - Em um ano de mandato, que avaliação você faz de sua administração?

JOSÉ CELSO ZOLIM - A avaliação que a nossa Diretoria faz do primeiro ano à frente da Aciu é muito positiva. Foi um ano de muito trabalho e do início da implantação das nossas propostas. Eu destaco por exemplo o aumento do quadro de associados em mais de 30%, as atividades das câmaras da Indústria e da Agricultura, que foram criadas por nós, e o lançamento de novos serviços. Demos um novo formato para o Departamento Jurí­dico, lançamos a Nota Fiscal Eletrônica e o Aciu Garante Cheque, voltados para as necessidades das empresas filiadas, e também investimos bastante na realização de cursos de aperfeiçoamento, nas áreas de atendimento, vendas, pós-venda e crédito. Também procuramos mobilizar nossos associados e a sociedade para algumas lutas importantes para Umuarama e região, como a duplicação da PR-323 e o novo traçado para a Estrada Boiadeira, que são obras fundamentais para estruturar o nosso desenvolvimento. Além disso, realizamos um bela campanha de Natal do ano passado e, principalmente, estamos trazendo o associado para dentro da Aciu, que é algo muito importante. Entío, a nossa avaliação desse perí­odo é realmente bastante positiva.

TH - A duplicação da PR-323 ainda não foi possível. A luta continua? 

Sim, continua. Quando iniciamos esta campanha, falamos que ela tinha data para começar, mas não tinha data para acabar. Mas avançamos bastante na articulação regional, porque essa não é uma reivindicação só da Aciu, ou só de Umuarama. Nós conseguimos o apoio da mídia, dos clubes de serviço, entidades e, principalmente, das dioceses de Umuarama e de Maringá. Graças a essa mobilização, o governador Beto Richa esteve em Umuarama e voltou a afirmar, como já tinha dito na sua campanha, que a duplicação é uma das prioridades do seu governo. Nós continuamos mobilizando e vamos seguir cobrando.

TH - Algumas pessoas acham que a Aciu não teria de encampar lutas como a duplicação da PR-323, para focar mais no desenvolvimento do comércio. Qual sua opinião sobre isso? 

Nós temos que pensar no desenvolvimento, porque não tem comércio forte, não tem economia forte se não tiver desenvolvimento. E Umuarama não vai se desenvolver se a região não se desenvolver. Esse é o nosso pensamento. Entío, tudo que for para melhorar a nossa infraestrutura regional faz parte do nosso compromisso de fortalecer a atividade empresarial e a economia como um todo, contribuindo para impulsionar o desenvolvimento. A duplicação da PR-323, a construção da Estrada Boiadeira, uma linha aérea para Umuarama, tudo isso faz parte do desenvolvimento da nossa cidade e da região. E essas não lutas da Aciu, são lutas da sociedade e nós na Aciu entendemos que não podemos ficar de fora.

TH - Qual o maior desafio para a Aciu atualmente? 

Olhe, os desafios são muitos e tem exigido muito trabalho da nossa Diretoria e do quadro de colaboradores da entidade. A Aciu é hoje uma entidade grande, que tem uma gama enorme de atividades, de programas, de campanhas, e fazer tudo isso funcionar direitinho, já é um grande desafio. E nós temos o compromisso de fazer sempre mais e melhor. Eu acho importante destacar aqui que a Aciu tem com a prefeitura, através do prefeito Moacir Silva e seus secretários, uma grande parceria, no sentido de tornar a cidade ainda mais bonita, realizando campanhas de porte, como a de Natal, com o show da iluminação, prêmios, para que também as pessoas de outros municípios venham comprar no nosso comércio e também se sintam bem em nossa cidade. Com essa mentalidade a gente pode atrair novos investidores e somar forças para buscar o desenvolvimento de uma maneira geral, que é o nosso maior desafio. Se eu fosse falar de todos os desafios, acho que uma página de jornal seria pouco (risos). Mas a gente tem procurado fazer a nossa parte, como o belíssimo trabalho que está sendo feito pelo nosso vice-presidente Humberto Vignoli na Câmara da Agricultura, levantando dados, reunindo as pessoas, discutindo com especialistas, fazendo os contatos, levantando alternativas, apresentando propostas para a modernização do nosso setor agropecuário, que uma coisa que vai ter muito impacto para Umuarama e região. Eu acho até que vocês deveriam entrevistar o Humberto sobre isso (risos).

TH - O número de associados tem aumentado substancialmente. A que você credita este crescimento? 

É uma soma de fatores. Tem a credibilidade da Diretoria, no contato direto com os empresários, o trabalho que é desenvolvido por nossos colaboradores, os novos serviços que estamos oferecendo e também ao bom momento que vive nossa cidade, com a abertura de novas empresas. Entío é uma soma, o resultado de um esforço para que o empresários não apenas se associe mas que especialmente se utilize de todo o que a Aciu pode lhe oferecer, porque a Aciu é a casa do empresário, do comerciante, do industrial, do agricultor e do prestador de serviços. E a gente pretende avançar ainda mais, porque a elevação do número de associados se reflete na credibilidade da entidade, reconhecida hoje em Umuarama e também na região.

TH - As últimas campanhas não ofereceram prêmios. É uma estratégia para investimento maior na campanha de Natal? 

A campanha de Natal realmente é a maior, mas com relação ás outras datas a gente faz um grande investimento de mídia e tem ainda a questío da burocracia que dificulta uma campanha com premiação. 

TH - Pode adiantar algumas novidades e diferenciais que a campanha de Natal de 2011 vai ter? 

Teremos surpresas bastante agradáveis. Aos pouco vamos aumentar a premiação e tenho certeza que a prefeitura será nossa parceira para incrementar ainda mais a iluminação, para termos uma cidade com o Natal mais bonito do Paraná. Esse é o nosso objetivo.

TH - A Aciu está realizando uma reunião mensal com os associados. Elas têm sido produtivas? 

Começamos agora com esse programa de reuniões mensais. É mais uma maneira de fazer com que o associado se sinta em casa, apresentando suas idéias, sugestões, dando sua opinião, apontando o que quer que a Diretoria faça. Nós estamos muito satisfeitos com os primeiros resultados, pela participação dos associados e pela qualidade das discussões que temos feito, já com várias coisas acontecendo como resultado destas reuniões.

TH - Entío, ouvir a opinião dos associados é fundamental para as tomadas de decisões da Diretoria? 

Sim, com certeza! A gente tem de ouvir e atender o associado, porque ele é o verdadeiro dono da Aciu. No fundo, nós da Diretoria somos subordinados a eles (risos).

TH - Lidar com opiniões diversas é algo complicado. Como você faz para contemporizar quando é difícil um acordo? 

Olha, o mais importante é sempre fazer prevalecer o bom senso. Eu nunca fui uma pessoa centralizadora, por isso procuro sempre fazer com que prevaleça o interesse do associado, independente de quem e a idéia.

TH - O Conselho da Mulher Empresária é forte e atuante. Qual a importância para a Aciu? 

A importância é muito grande. E a Cris [Cristiane Revesso, presidente] e a Diretoria do Conselho tem feito um ótimo trabalho. Agora mesmo elas estío envolvidas com a preparação da Feira Ponta de Estoque. Você não faz idéia da quantidade de mulheres empresárias em Umuarama e o carinho que elas têm pelo trabalho que realizam no Conselho. Por isso a nossa Diretoria sabe que tem de dar respaldo e apoiar esse trabalho.

TH - Qual a importância das promoções Umuarama Liquida e Feira Ponta de Estoque? 

As feiras com esse perfil são oportunidades para que as empresas possam fazer caixa com produtos que tem um giro menor e isso atende o consumidor, que espera pela Umuarama Liquida e pela Ponta de Estoque, porque quem compra nessas promoções sabe que são produtos de qualidade, com preços ás vezes mais baratos que na própria fábrica. Aliás, eu gostaria que você visitasse a Feira Ponta de Estoque em outras cidades que você vai ver que em Umuarama só é ponta de estoque no nome. São produtos de qualidade, enquanto que nas outras cidades é ´ponta´ mesmo. E assim o público compra bem e as empresas aproveitam para fazer caixa e renovar seus estoques, porque a atividade comercial é muito dinâmica nesse sentido.

TH - E quais os principais projetos para curto, médio e longo prazo? 

Os projetos são muitos e a gente tem procurado dosar um pouco (risos), criando as condições, preparando tudo certinho, até pra evitar de lançar uma monte de ideias e projetos e depois a coisa não caminhar bem. Mas eu posso adiantar que temos pela frente projetos que buscam cada vez mais fortalecer a Aciu e seus associados.

TH - A Aciu é sempre parceira em diversos eventos de interesse do empresariado. Quais parcerias você destaca como exemplos de sucesso? 

Uma parceria fundamental e de sucesso é a que temos com o Sebrae, destacando o trabalho da equipe do Adriano Pereira. Também temos trabalhado em conjunto com o Instituto Federal, a UEM, a Unipar, o Banco do Brasil e, é claro, uma parceria que nos orgulha, é com o Sicoob, a nossa cooperativa de crédito. Além da prefeitura, que eu já destaquei.

TH - Percebe-se que a Aciu tem dedicado atenção especial ao setor industrial. Ele andava abandonado? O que está sendo feito? 

É verdade. Estava meio abandonado e nós fomos cobrados por este setor e temos de dar a resposta. Temo um setor industrial forte em nossa cidade, que merece nossa atenção. Nosso primeiro passo foi fazer a aproximação, visitando as empresas e organizando uma grande reunião, onde os empresários participaram em grande número e foram muito claros e objetivos, apresentando as suas reivindicações, que a gente procura dar o encaminhamento através da Câmara da indústria, que é coordenada pelo Sidnei Gerevini. E as coisas estío acontecendo e essa aproximação vai ser cada vez maior, até porque também tem crescido a importância da indústria no PIB do município.

TH - As missões à China devem ser repetidas? Como elas ajudam os empresários? 

Estamos organizando uma segunda missão à China em outubro. Inclusive, quem tem interesse precisa entrar em contato com a Aciu o mais rápido possível, porque toda essa parte de reserva de passagens aéreas e de hospedagem precisa ser antecipada e já contamos com vários empresários interessados. Eu estive na China, fui lá com um grupo de empresários e digo pra você que uma viagem como esta ajuda e muito, porque desperta a gente para as oportunidades, e lá realmente as oportunidades são muitas. Isso sem falar no conhecimento e na experiência que a pessoa adquire em conhecer outro continente, outras culturas e eventos tío grande e tío bem organizados como são as feiras de negócios por lá, onde você também pode importar produtos plásticos de decoração, por exemplo, até máquinas e equipamentos tecnológicos que irío agregar valores nas empresas. Realmente vale a pena.

TH - Deixe sua mensagem aos leitores da Tribuna... 

Nossa mensagem é a mensagem da Aciu, que trabalha para que os empresários se tornem cada vez mais profissionais, seja qual for a sua área, e que eles acompanhem a evolução tecnológica e administrativa, porque só assim eles terío espaço em um mercado cada vez mais competitivo, aonde nada é longe e se compra tudo o que se quer em qualquer lugar do mundo, ás vezes sem precisar nem sair de casa. Também acho que precisamos ser mais bairristas, no sentido de valorizar a nossa cidade, os nossos produtos e serviços pra gente ter sempre uma cidade cada dia mais forte. Acabou-se o tempo de jogar a culpa nos políticos. Eles estío lá porque nós os colocamos. Sendo assim, se tem algo errado a culpa e nossa, que não soubemos escolher.