Em reconhecimento ao trabalho realizado em prol da duplicação da Rodovia PR-323, o secretário de Estado de Infraestrutura e Logística, Pepe Richa, visitou o presidente da Aciu (Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama), José Celso Zolim, na manhã desta sexta-feira (29). Ele veio especialmente para apresentar detalhes da Parceria Público-Privada (PPP) que vai possibilitar a execução da maior obra de transformação rodoviária já realizada na região. O diretor do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), Osmar Lopes, também participou da reunião.
Ele anunciou que a atual rodovia simples vai ser duplicada e ganhará, ao longo de 220 quilômetros entre Maringá e Francisco Alves, 19 viadutos, 22 trincheiras, 13 passarelas, marginais e ciclovias nas áreas urbanas, tornando uma rodovia com padrões internacionais. “Os investimentos, de R$ 7,7 bilhões, serão feitos pelo Estado e pela iniciativa privada. Essa parceria permitirá o controle de tarifas e a cobrança apenas quando as obras forem entregues”, garantiu.
Zolim pediu que o secretário falasse sobre as diferenças entre entregar uma obra dessa grandeza em uma concessão simples (como geralmente são realizadas as construções públicas) e uma PPP. “Primeiro, que na PPP só será iniciada a cobrança de pedágio a partir do momento em que houver um trecho duplicado já pronto. Ou seja, terminou os primeiros 50 quilômetros, daí pode começar a cobrar. Diferente do que acontece em outros sistemas, em que a empresa começa a cobrar primeiro e a investir muito depois”, detalhou.
O prazo para execução da obra, segundo informou Richa, é de cinco anos para o trecho de Paiçandu a Umuarama. Para o outro trecho (até Francisco Alves) o prazo sugerido é de 16 anos. Celso Zolim então questionou o porquê de um prazo tão dilatado, já que trata-se de uma obra quase de caráter emergencial. “De 1º de janeiro até 28 de novembro deste ano foram registrados 654 acidentes na rodovia, com 465 feridos e 43 mortos”, informou.
Richa contou que esse prazo – de 5 anos – pode vir a diminuir. “É um interesse da empresa que for escolhida para fazer a obra. Eles [a empreiteira] sabem que só vão poder construir a primeira praça de pedágio quando terminarem uma fase e assim por diante, então nós acreditamos que eles devem acelerar para que o prazo seja reduzido. É preciso destacar que a partir do momento que iniciarem as obras, a empresa também já passar a cuidar da rodovia, disponibilizando pessoal para apoio, manutenção da via, retirada de animais, enfim, tudo para garantir a segurança durante o tempo de trabalho”, explicou.
Garantias
Haverá quatro praças de pedágio e cada uma delas vai cobrar R$ 4,50. Elas serão em Paiçandu, Jussara, Cruzeiro do Oeste e Cedro. Celso Zolim então solicitou ao secretário que o governo não esquecesse do grande problema enfrentado pelos motoristas no trecho entre os trevos do Gauchão e da entrada de Mariluz. Richa garantiu então que independente de a obra começar por Paiçandu, a empresa construtora deve focar também os trabalhos na execução desse trecho. “Já era uma prioridade e uma promessa do governador e nós vamos cumprir”, afirmou.
Na próxima quinta-feira, dia 5 de dezembro, a partir das 10h, a Secretaria de Infraestrutura e Logística realiza em Umuarama a primeira Audiência Pública para abordar o tema da duplicação. “Estamos muito animados com essas reuniões e essas ações reais no sentido de realizar um pedido iniciado por nós da Aciu há exatamente 3 anos. Isso nos estimula a sempre lutarmos cada vez mais para que toda a sociedade seja beneficiada com obras que preservem a vida”, comentou Zolim.
Legenda – foto: duplicação
Osmar Lopes, Valdemir Zago, Celso Zolin, Pepe Richa e Celio Martins em reunião para discussão da duplicação da rodovia PR-323