A convite da Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Umuarama (Aciu), o setor de Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde apresentou a situação da dengue no município, na manhã de quarta-feira, 28, durante reunião mensal da entidade com empresários locais. Os números foram comentados pelo servidor da Vigilância em Saúde, Rafael Amaro Silvério, para quem a situação merece atenção da população e das empresas estabelecidas na área central.
O informe simplificado mais recente da situação da dengue e Umuarama, com dados atualizados em 27/10, mostra que a incidência é de 609,8 casos por 100 mil habitantes – bem acima da média do Paraná, que no período ficou em 311,5 casos por grupo de 100 mil paranaenses. Nos dois casos é considerada situação de epidemia – de acordo com critérios do Ministério da Saúde, quando a incidência supera 300 casos/100 mil habitantes.
Umuarama conta hoje com 660 casos confirmados de dengue, dos quais 567 foram contraídos no próprio município (autóctones) e 93 pacientes adquiriram a doença em outras localidades. Há casos confirmados em 31 bairros e localidades do perímetro urbano. As notificações somam 1.733 suspeitas de dengue, dos quais 29 permanecem em investigação e 1.044 já foram descartados – além das 660 confirmações. Dentre os pacientes, dois apresentaram dengue com sinais de alarme e um foi considerado caso grave. Uma pessoa morreu em decorrência da doença.
O secretário municipal de Saúde, Luiz Alberto Haiduk, chama a atenção para o Serviço de Alerta Climático de Dengue do Laboratório de Climatologia da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que coloca Umuarama em “risco alto” para proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. “Ressaltamos a importância de toda a comunidade intensificar as medidas de controle para redução da capacidade de infestação, eliminando possibilidades de criadouros. Precisamos eliminar dos quintais e terrenos baldios todos os materiais, objetos, resíduos, enfim tudo que possa acumular água parada”, alertou.
Rafael Silvério alertou em empresários para manter a limpeza nas imediações, quintais e depósitos dos estabelecimentos comerciais, não deixar resíduos e recicláveis sem proteção e limpar constantemente as calhas. “Como a cidade é bem arborizada, é comum as calhas entupirem com folhas e represarem água. Já encontramos muitos focos de larvas nestas estruturas”, alertou.
Hoje a dengue está presente em praticamente todos os bairros e regiões de Umuarama, inclusive no centro da cidade, que tem média de 6 a 25 casos confirmados no ano. “Portanto, precisamos ficar atentos. Só o empenho dos agentes de combate a endemias não é suficiente para conter a epidemia, ainda mais neste período de altas temperaturas e incidência constante de chuvas”, completou o chefe da Vigilância em Saúde, Fábio Barzon.